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Taynah ​Farah

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Psicóloga

CRP 06/174834


Suporte Emocional para ​Brasileiros no Exterior!

Sobre mim

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Taynah Farah é psicóloga formada pela Universidade ​Presbiteriana Mackenzie em São Paulo.

Pós-graduanda em luto pela Pontifícia Universidade ​Católica de São Paulo (PUC-SP).


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  • Realiza atendimentos clínicos presenciais e online há mais de 3 anos;
  • Realiza terapia para pessoas que estão de luto, seja pela perda de um ente ​querido, separação, perda gestacional, encerramento de ciclos, entre outras ​perdas;
  • Realiza terapia online para brasileiros que moram no exterior;
  • Já realizou mais de 2.500 atendimentos;
  • Realizou atendimento clínico no Núcleo de Atenção à Saúde e no Hospital da ​UNIMED de Passos (MG) durante 2 anos.

Por que fazer Terapia Online?

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A terapia proporciona um ​espaço seguro para explorar ​seus pensamentos, sentimentos ​e experiências, promovendo uma ​compreensão mais profunda de ​si mesmo.

Autoconhecimento:

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Ao trabalhar com um ​psicoterapeuta, você pode ​identificar e desafiar crenças ​negativas sobre si mesmo, ​promovendo maior ​autoaceitação e confiança.

Melhora da autoestima:

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O processo terapêutico ajuda a ​identificar suas necessidades ​emocionais e a desenvolver ​habilidades para se colocar ​como prioridade em sua própria ​vida, sem culpa ou ​autossabotagem.

Priorização pessoal:

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Melhora da ansiedade e ​outros transtornos ​mentais:

A terapia oferece estratégias ​eficazes para gerenciar ​sintomas de ansiedade, ​depressão e outros transtornos ​mentais.

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Através da terapia, você aprende ​a reconhecer seus próprios ​limites e a comunicá-los de ​forma assertiva, promovendo ​relacionamentos mais saudáveis ​e equilibrados.

Estabelecimento de limites ​saudáveis:

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Crescimento emocional:

Ao aprender a reconhecer e ​regular suas emoções, você ​desenvolve resiliência ​emocional e melhora sua ​capacidade de lidar com ​desafios da vida de forma ​saudável e construtiva.

Motivos para agendar terapia online com nossa psicóloga ​pós-graduanda em luto:

Descubra uma abordagem empática e especializada em terapia de luto, adaptada às suas ​necessidades. Taynah Farah é uma psicóloga com um profundo conhecimento sobre a complexidade ​do processo de luto e das emoções associadas a viver longe de casa. Com a experiência de viver na ​Austrália e foco em atender brasileiros que residem no exterior, ela combina sensibilidade cultural ​com uma compreensão profunda dos desafios de morar em outro país e ao enfrentar o luto.

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alguns tipos de lutos:

  • Luto pela morte de entes queridos
  • Luto pela perda de relacionamentos
  • Luto pela perda de emprego ou ​carreira
  • Luto pela perda de saúde
  • Luto pela perda de sonhos ou ​expectativas
  • Luto cultural ou coletivo
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o brasileiro que mora no ​exterior enfrenta vários lutos:

  • Luto pela Identidade Cultural
  • Luto pela distância física dos ​Familiares e Amigos
  • Luto pelo Ambiente Familiar
  • Luto pela Vida Profissional e Social
  • Luto pelo Sentido de Pertencimento
  • Luto pela Autonomia e Independência
  • Luto por Expectativas Não ​Realizadas

Quando procurar ajuda profissional?

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Quando estiver tendo conflito em suas relações, ​amizades, família, relacionamento amoroso e consigo ​mesmo.

Quando você percebe que não está conseguindo dar ​conta de suas próprias emoções.

Quando estiver tendo muitas crises de ansiedade, ​quando você sentir sintomas de depressão e ou sentir ​angustiado.

Quando desejar se autoconhecer, conhecer suas ​potencialidades e adquirir maturidade emocional.

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ENTREVISTA INICIAL GRATUITA


Agende sua primeira consulta e comece sua jornada de transformação, ​guiada por uma psicóloga comprometida em apoiar seu crescimento ​emocional e ajudá-lo a encontrar paz e aceitação durante o processo de ​luto. Estou aqui para você, onde quer que esteja no mundo.

artigos escritos pela psicóloga

Passar pelo Luto

Saiba como Ajudar uma Criança a

À medida em que o indivíduo ​envelhece se torna cada vez mais ​difícil falar sobre a morte. Mas, ​quando criança, essa resistência ​não existe. O que acontece, na ​maioria das vezes, é que a ​contrariedade do adulto em tocar ​no assunto acaba sendo ​transferida para a criança. E, ​consequentemente, o adulto ​transfere também sua ​dificuldade em reconhecer a ​própria finitude e em lidar com o ​luto.

O luto pode ser definido como a ​reação à perda de uma pessoa ​amada ou, entre tantos, o término ​de um relacionamento, o ​falecimento de um animal de ​estimação, um brinquedo ​quebrado ou perdido na infância. ​Essa resistência em falar e ​pensar sobre a morte é uma ​tentativa de negá-la e evitá-la. ​Porém, o indicado é enfrentar e ​elaborar o processo de luto para ​vivenciá-lo de uma maneira mais ​saudável, ainda que seja ​doloroso.

A maneira como a pessoa inicia ​a formação de vínculo na ​infância faz com que carregue ​essa habilidade para a vida ​adulta e para as relações que ​virão a ser significativas. O modo ​como se forma o vínculo revela se ​um indivíduo tem mais facilidade ​ou dificuldade para se ​relacionar, para lidar com um ​rompimento de vínculo e, ​consequentemente, atravessar ​seu luto. É importante mostrar ​para a criança que a morte é um ​fato natural da vida. A melhor ​maneira de compreender isso é ​não esconder a morte da criança.

Não busque meias-palavras, fale ​que a pessoa querida ​morreu/faleceu. A criança não ​vai ficar com medo, isso ocorre ​somente se o adulto transmitir ​esse medo para ela. Se o adulto ​falar sobre a morte como um fato ​da vida, ela vai entender bem. ​Até pode dizer que “virou ​estrelinha” ou que “foi para o ​céu”, mas deve falar que morreu. ​A criança precisa entender que ​para virar estrelinha tem que ​morrer, que não vai mais voltar e ​que existe uma mudança de ​estado entre o estar vivo e o ​estar morto.

As crianças podem perguntar ​para os pais se eles vão morrer ​e o adulto pode responder que ​sim, mas não agora. Apesar de ​ser importante falar com ​naturalidade, deve-se falar com ​respeito e esperar o tempo da ​criança. É importante falar, mas ​não despejar a informação. ​Deve-se responder somente a ​pergunta que ela fizer e esperar. ​Não desenvolver o assunto ​porque pode ser assustador ​para ela porque a criança ter a ​noção completa do conceito de ​morte significa que ela vai ​compreender que também vai ​morrer.

A morte é desorganizadora para ​os indivíduos; e os ​rituais/velórios/enterros têm ​esse caráter organizador. Existe ​um roteiro de como devem ​funcionar, as pessoas sabem do ​que se trata e eles ocorrem de ​maneira previsível. Além disso, ​têm o sentido de retratar quem ​foi a pessoa falecida, aproximar ​e reunir as pessoas enlutadas ​para que elas possam ​manifestar seus sentimentos e ​se despedir da pessoa perdida.

Por isso, pode ser importante ​levar a criança ao funeral para ​que ela saiba do que se trata. ​Escolha um momento mais ​tranquilo e fique pouco tempo, ​sempre preservando a criança ​de momentos mais dramáticos, ​como o fechamento do caixão. ​Naturalmente, as crianças ​costumam fazer perguntas para ​entender o que é aquilo. Muitas ​vezes, elas fazem perguntas ​técnicas, como, por exemplo, ​quando a criança sabe que vai ​tampar o caixão, ela pode falar ​“mas ele não vai respirar”, e o ​adulto pode responder que ​quando se morre não é preciso ​respirar.

Dizer isso já responde à ​pergunta e explica à criança ​que tem uma mudança de ​estado, do estar vivo para o ​estar morto. Evitar falar sobre o ​assunto não ajuda a criança a ​passar pelo processo do luto de ​uma maneira saudável. Se o ​adulto não explicar e orientar a ​criança, ela não aprenderá. É ​necessário, contudo, ser honesto ​com a criança e respeitar o ​tempo dela.

Taynah Farah, Psicóloga

Pais Idosos

Acolhendo

extended family household

O avanço da Medicina e a adoção de ​hábitos de vida mais saudáveis têm ​proporcionado um aumento na expectativa ​de vida dos brasileiros. Dados do Instituto ​Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ​em 2021 destacam que o número de idosos ​no Brasil chegou a 31,2 milhões e a ​previsão de estudos sobre envelhecimento ​da Organização Mundial de Saúde (OMS) ​aponta que a população idosa deve ​triplicar no país até 2050. Nesta fase da ​vida, em que o corpo fica mais frágil, ​idosos podem precisar do suporte de sua ​rede familiar, especialmente de filhos e ​netos, e/ou de cuidadores para auxiliar na ​gestão de medicamentos, acompanhar a ​realização de consultas e exames e ​cuidados com a dieta. Dependendo das ​restrições físicas, é fundamental que a ​casa onde eles vivem passe por ​adaptações, como rampas de acesso, ​barras de proteção e cuidados com ​objetos que possam ocasionar tropeços e ​quedas. Mas, muito além disto, o suporte ​emocional aos pais idosos pode ser o ​grande diferencial para um ​envelhecimento saudável. Um ambiente ​afetivo, que permita a troca de ​experiências, é um dos pilares para o ​relacionamento equilibrado entre filhos e ​pais, quando estes chegam na terceira ​idade. Dedicar tempo para compartilhar ​momentos agradáveis, ouvir e contar ​histórias, ajuda na memória e ​socialização. A psicóloga Taynah Farah, ​do Núcleo de Atenção à Saúde da Unimed ​em Passos, relembra que este cuidado ​deve estar presente em todos os aspectos ​deste relacionamento, inclusive na

divisão de cuidados com os idosos entre os ​filhos, demais parentes ou na decisão de ​contar com um suporte de cuidadores em ​instituições ou mesmo na casa onde a ​pessoa vive. “ É importante ter o diálogo ​aberto e claro entre todos os irmãos e se ​os pais estiverem lúcidos também devem ​participar das tomadas de decisão. ​Comunicar e sinalizar sempre o que fizer ​em relação aos pais, mesmo situações ​cotidianas como levar para realizar ​exames. Dividir as tarefas é primordial ​para a boa relação entre os irmãos, pois é ​muito comum alguns filhos serem ​superprotetores, não dar abertura para os ​outros e ficar ressentido porque o outro ​não ajuda. A parte financeira deve ser ​discutida abertamente e isto pode ser ​negociado diferente para cada família. ​Nem sempre os pais têm condições ​financeiras para custear os tratamentos, ​cuidadores e instituições. Então a divisão ​financeira para os filhos deve ser feita e, ​neste momento, é importante considerar ​que nem sempre é possível realizar a ​divisão de maneira igualitária. Alguns ​podem ajudar mais financeiramente e ​outros podem ajudar mais com disposição ​de tempo. É importante ter ​responsabilidade afetiva, se manter ​presente, desenvolver competência ​emocional e pedir ajuda. Nem sempre o ​diálogo acontece de forma tranquila e ​podem ser gerados conflitos. Neste caso, é ​importante buscar um profissional para ​ajudar como um psicólogo, assistente ​social ou médico geriatra”, orienta Taynah ​Farah.

CUIDANDO DE QUEM CUIDA

Mesmo com muito amor e vontade de ​ajudar, no entanto, cuidar de um idoso traz ​responsabilidades que afetam o físico e o ​psicológico. Além das demandas que o ​cuidar acarreta, ver alguém que se ama ​envelhecer pode trazer grande sofrimento ​psíquico por fazer parte deste processo ​assistir o declínio físico e/ou psicológico ​dos pais, por vezes perdendo a autonomia ​e a capacidade de realizar tarefas diárias.

“Para ajudar nesse processo, o ​acompanhamento com um psicólogo é ​importante para evitar gerar uma ​depressão, ansiedade ou síndrome do ​pânico. Com a psicoterapia, o filho pode ​aprender a administrar o tempo para si ​mesmo e para o outro e a conviver com o ​processo de envelhecimento dos pais, ​conseguindo, dessa forma, ter mais saúde ​física e emocional para cuidar do idoso”, ​acrescenta Taynah.

RESPEITO À PRIVACIDADE

À medida que os pais envelhecem e ​manifestam sinais de desgaste físico e/ou ​mental, é comum que os filhos passem a ​querer ter um controle total sobre as ​decisões deles, fazendo com que percam a ​autonomia, privacidade e autoestima. Para ​a psicóloga, é imprescindível aceitar as ​características da personalidade dos pais ​e os limites para agir na vida do outro, ​especialmente quando os idosos ainda ​mantém um nível de consciência física e ​mental que permita a eles tomar decisões ​sem comprometer a própria saúde. “ Os ​filhos precisam ter a consciência de que ​os pais têm a sua própria experiência e ​seus próprios desejos a serem ​respeitados. Muitas vezes, esta fase da ​vida está associada à aposentadoria e à ​diminuição da autonomia física, o que ​pode trazer

impactos negativos para a saúde mental e ​autoestima. É recomendado realizar ​atividades que promovam a autoestima, o ​sentimento de utilidade e de ​pertencimento. Os filhos podem ajudar ​oferecendo e incentivando a participação ​em atividades que tenham a ver com os ​gostos pessoais de cada pessoa como ​aula de música, artesanato, canto, ​caminhada, jogos de tabuleiro, entre ​outras. A participação social promove o ​sentimento de pertencimento, cria laços e ​conexões que estão associados à ​diminuição da depressão, ansiedade, ​sofrimento psíquico, uma melhor função ​cognitiva, melhor mobilidade e ​desempenho em atividades físicas, ​diminuem a incidência de demência e ​fragilidade e diminui a taxa de ​mortalidade”.

TEMPO DE QUALIDADE

Muitas vezes, os filhos de pais idosos estão em momentos de vida que demandam muita ​energia para lidar com a própria rotina, seja na administração de suas famílias, investindo ​no crescimento profissional ou mesmo morando em cidades diferentes das dos pais. Neste ​cenário, é comum se perguntar como gerar esta conexão familiar tão importante para o ​envelhecer saudável. Taynah Farah explica que, mais do que ter muitas horas dedicadas à ​convivência com os pais idosos, é o tempo dedicado com atenção plena e afeto que faz a ​diferença, mesmo que, pela rotina, os filhos não possam estar disponíveis aos pais por um ​longo período. “Para aproveitar melhor o tempo com os pais neste contexto é importante ​administrar bem a rotina para ter um tempo de qualidade com entes queridos. Dependendo ​da idade e da situação de saúde do idoso, pode ser que ele consiga fazer diversos tipos de ​atividades que promovam um tempo de qualidade, como uma caminhada juntos, jogos de ​tabuleiro ou cartas, assistir filmes, ter boas conversas e uma companhia com conexão ​verdadeira”.

A psicóloga Taynah Farah ​explica que os filhos podem ​contribuir para a saúde mental ​dos pais idosos incentivando a ​participação em atividades ​que estimulem o convívio ​social

Taynah Farah, Psicóloga

O DESAFIO DAS DOENÇAS DEMENCIAIS

Doenças como demência de Alzheimer, ​demência vascular e demência por Corpos De ​Lewy, podem se manifestar principalmente a ​partir de 65 anos, e apresentam, como ​principal sintoma comum, o deficit de memória ​recente, comprometendo as habilidades ​sociais e cognitivas no dia a dia. Tal situação ​pode comprometer significativamente o ​relacionamento entre o idoso e o cuidador.

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Redes Sociais

A Cultura do Cancelamento e a Intolerância nas

follower

A cultura do cancelamento é um ​movimento que incentiva as pessoas a ​parar de apoiar pessoas, marcas ou ​empresas, que podem ser famosas ou não, ​por agirem de forma censurável ou com ​uma conduta reprovável. Geralmente, os ​erros cometidos estão relacionados com ​machismo, LGBTfobia, racismo e, com a ​pandemia, os comportamentos que ​incorrem riscos à saúde pública. A causa ​do cancelamento pode ser justa, mas ​promove um massacre que desconsidera ​que, do outro lado, ainda que tenha errado, ​há um ser humano, com família, defeitos e ​acertos.

Diferentemente do Tribunal de Justiça, o ​tribunal da internet muitas vezes não ​permite o direito de defesa inerente a todo ​réu. Generalizar as características de ​alguém, positivas ou negativas, faz com ​que enxerguemos somente alguns fatos e ​ignoremos outros. É importante buscar um ​equilíbrio entre reprovar condutas e ​cancelar uma pessoa. Isso porque, quando ​esse massacre é grande, tira-se da pessoa ​o direito e a chance de redenção, de se ​corrigir. Quanto mais as pessoas ​buscarem entender que faz parte da vida ​não agradar a todos e que ninguém age ​certo 100% do tempo, mais saudáveis serão ​as relações entre as pessoas e as redes ​sociais.

NA VELOCIDADE DE UM CLIQUE

O cancelamento não é uma novidade ​dentro da sociedade. Julgar e condenar o ​outro por alguma atitude equivocada ​existe desde os primórdios. O que ​acontece é que este comportamento foi ​mudando de nome ao longo dos séculos e ​nunca perdeu sua essência de massacrar ​e apontar o erro do outro. Nos tempos ​atuais, com o desenvolvimento da ​tecnologia e com a internet, o ​cancelamento ficou mais fácil e mais ​visível. Isso ocorre pela globalização e ​pela rapidez que uma informação se ​espalha e devido à possibilidade de ​manter o anonimato por trás das redes ​sociais enquanto profere qualquer tipo de ​ofensa. Isso faz com que seja mais fácil ​cancelar pessoas ou marcas nas redes ​sociais do que na vida offline. Na fúria do ​cancelamento reside um outro problema: ​os erros de comportamento são tratados ​da mesma forma. Logo, uma pessoa que ​expulsou uma criança negra de um ​restaurante causa a mesma indignação da ​que chegou sem máscara em um evento no ​meio da pandemia. Quando tudo tem o ​mesmo poder ofensivo, nada ofende ​mesmo, de fato. Um dos fatores ​agravantes é que a cultura do ​cancelamento promove a disseminação do

discurso de ódio e afeta negativamente a ​vida não só do cancelado, mas dos ​usuários da rede, que ficam contaminados ​com esse tom ofensivo. As consequências ​causadas por esse comportamento são ​inúmeras e podem afetar muitas áreas da ​vida do cancelado. Pode fazer com que a ​pessoa seja demitida e, ​consequentemente, pode afetar a vida ​financeira, profissional e pessoal. Ser ​rejeitado por pessoas conhecidas pode ​afetar a vida social do indivíduo e a ​relação com amigos próximos e familiares. ​Pode acarretar efeitos psicológicos, como ​o desenvolvimento de transtorno de ​pânico, transtorno de ansiedade social e ​depressão profunda. Este tipo de ​comportamento do cancelador pode ​mostrar muito dele mesmo. Para a ​Psicologia, tudo o que nos irrita no outro ​pode levar- -nos a uma melhor ​compreensão de nós mesmos. Freud disse ​“quando Pedro me fala sobre Paulo, me diz ​mais de Pedro do que de Paulo”. Quando ​falamos do outro, existe algo de muito ​nosso naquilo que falamos e no modo com ​que falamos. Pode parecer óbvio, mas é ​uma compreensão que nos escapa no dia a ​dia.

RISCO À SAÚDE MENTAL

Para minimizar os riscos à sua saúde ​mental, a pessoa cancelada pode ​contratar advogados e equipes para se ​defender, profissionais da área da saúde, ​como psicólogos, psiquiatras, terapeutas ​ocupacionais caso tenha afetado a vida ​profissional da vítima, entre outros. Porém, ​contratar todos estes serviços requer um ​alto poder aquisitivo. Isso acarreta maior ​sofrimento e mais dificuldade de se ​reerguer após o cancelamento para ​pessoas que não são famosas e para os ​influenciadores digitais no início de ​carreira. É imprescindível que o cancelado ​e seus familiares procurem a ajuda de um ​psicólogo para lidar com a rejeição e as ​inúmeras consequências do ​cancelamento.

Com o tratamento, o psicólogo pode ​entender as causas do transtorno e ​desenvolver técnicas e intervenções para ​que o paciente aprenda a lidar com as ​consequências e dificuldades após o ​cancelamento. Alguns dos sinais de alerta ​de que o cancelado ou o cancelador ​precisam de ajuda profissional se dão por ​falta de resiliência, sintomas depressivos, ​ansiosos ou ataques de pânico. Entre eles, ​estão pontos como não saber lidar com ​momentos de pressão, ser inflexível, ​sensação de tristeza ou vazio, ​irritabilidade, perda de apetite, cansaço ​excessivo e constante, alterações no sono, ​dificuldade de concentrar-se, falta de ar, ​preocupação excessiva, tremedeira, ​palpitações, entre outros.

CRIANÇAS E A INFLUÊNCIA NAS REDES

As crianças estão sujeitas aos estímulos ​ao redor, são influenciadas pelas redes ​sociais e podem levar a cultura do ​cancelamento para as escolas em forma ​de bullying. Para diminuir o impacto nas ​crianças ou adolescentes é imprescindível ​que os pais dialoguem com os filhos e ​estimulem a reflexão sobre as ​consequências do cancelamento. Como os ​pais estão introduzindo este assunto nas ​conversas com seus filhos faz toda a ​diferença. Se eles passam o ódio do ​cancelador, as crianças vão incorporar ​esse comportamento.

É fundamental repensar na facilidade de ​cancelar as pessoas, dialogar sobre a ​importância da singularidade, ​subjetividade e das diferentes opiniões ​para a sociedade como um todo. Refletir ​junto com a criança ou adolescente se ​xingar e excluir a pessoa resolve o ​problema, se todos que estão cancelando ​nunca cometeram erro algum e se todos os ​canceladores fariam da mesma maneira ​se não estivessem por trás das redes ​sociais.

Taynah Farah, Psicóloga

Tempos Modernos

Pequena Reflexão Sobre

Você é do time que sempre vê o passado como ​melhor do que o presente e o futuro? Ou você é ​do time que acredita que o futuro pode ser bom?

Por um lado, é difícil ​pensar no presente e ​no futuro com ​esperança com tantas ​tragédias que já ​vivemos ou que ​sabemos que ​aconteceram. É difícil ​ignorar isso e ter ​esperança no futuro.

E, por outro lado, ​parece algo cíclico ​isso de acreditar que ​as coisas no passado é

que eram boas e que o ​futuro está “perdido”. ​Parece que é algo que ​se repete este medo ​sobre o que será deste ​mundo no futuro por ​não acreditar nas ​crianças de seu tempo. ​Parece que se repete o ​fato das gerações ​anteriores acreditarem ​que “as crianças de ​hoje estão perdidas”.


Em todo caso, já que a ​evolução acontece ​independentemente de ​nós e, já que ainda não ​existe máquina do ​tempo, não é melhor ​nos adaptarmos às ​novas tecnologias que ​vêm surgindo?

Refletindo sobre isso, ​podemos buscar viver ​melhor com as ​mudanças que chegam ​sem nos pedir licença.

Taynah Farah, Psicóloga

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Taynah Farah

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